tag:blogger.com,1999:blog-43974827475177184482024-03-05T21:17:07.721-03:00Notívago MatinalGabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.comBlogger63125tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-47894038711116791802014-04-27T21:51:00.001-03:002014-04-27T21:51:21.804-03:00Inércia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi06eGXCcyT-2sBJDXqOCV3QWBSwmGCnvpS5hS9TJ_GvKaoi39SMQgP-72v1ff9NE_31bTfeOcpoYcm-34-a92ksvj1zcfH3f5ELyQ6utbAbPgZj912ogYwc82gLECiC3yAwedqBauAvOGi/s1600/5207893.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi06eGXCcyT-2sBJDXqOCV3QWBSwmGCnvpS5hS9TJ_GvKaoi39SMQgP-72v1ff9NE_31bTfeOcpoYcm-34-a92ksvj1zcfH3f5ELyQ6utbAbPgZj912ogYwc82gLECiC3yAwedqBauAvOGi/s1600/5207893.jpg" height="426" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Pés no chão para não se esvair a memória, sola em solo, nada muda - é bom lembrar. Ainda faltam pernas às palavras, que nos mantém iguais. Permanecemos estáticos, escorados e omissos. O discurso vem de série, individual é o caminho e a forma de andar. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/13850711346995932024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-26855819491153392402013-10-06T23:04:00.000-03:002013-10-06T23:04:34.160-03:00Calor do amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7RNEhmjGNv5PJva_lJZUuoN_TAfVP2Jnh_lgeSUDeYgfk0ichQa4FDgLuy1xB_5fk4MOEw4J3AMcRKaqZP1mONSg7D9CFuYzkAXbQzr5z1lVvHENzypurAkyHfi7IeojQ8oSfzamXQ/s1600/998063_691618537532773_1530505129_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7RNEhmjGNv5PJva_lJZUuoN_TAfVP2Jnh_lgeSUDeYgfk0ichQa4FDgLuy1xB_5fk4MOEw4J3AMcRKaqZP1mONSg7D9CFuYzkAXbQzr5z1lVvHENzypurAkyHfi7IeojQ8oSfzamXQ/s640/998063_691618537532773_1530505129_n.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Não ame, seja breve, indolor. Queria que sentisses o calor que me passa quando vejo sua beleza por olhos não comuns. Não a beleza para os outros, mas a que achei para mim. Se quebro a rotina e me permito descompassos, faço pelo incomum. O amor é para todos, o amar para os que transbordam. E ainda que me encontre vazio por vezes, não me acomodo em medidas regulares. Feito peixe, nado em imensidão e amo em igual semelhança. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-64988312152302920362013-07-18T00:22:00.001-03:002013-07-18T00:27:52.797-03:00Ponta de campina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMA338Jd5DNMBBqGUDdIp7aAmmy7DGUkqAlEqAR7g-EEXyrgUNkB7uOyoebsiF_911-MUF-NDCYef5pcpTRuUL3KcIrP8izlr-WIqHf6wKFIy-q4h71JYr-UeRRX73ToSQSfmbZB5nng/s1600/142215.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMA338Jd5DNMBBqGUDdIp7aAmmy7DGUkqAlEqAR7g-EEXyrgUNkB7uOyoebsiF_911-MUF-NDCYef5pcpTRuUL3KcIrP8izlr-WIqHf6wKFIy-q4h71JYr-UeRRX73ToSQSfmbZB5nng/s640/142215.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">É tempo de alma, inquieta alma de ansiedades. Em meio a rotina da pressa, que não se deixa pensar e faz das palavras deserto, a cegueira tapa - como se tudo estivesse tão bem. Difícil é se achar de novo e, por mais estranho que pareça, aperta a saudade dos olhos que costumavam marejar. Não é falta da tristeza, mas ausência do pedaço de infância que faz a gente amoado de vez em quando. Queria saber em que trilho se perdeu a percepção de que sou sozinho, pra onde foi a dor que fazia chorar. Não peço amargura, mas me falta imensidão. Nesse fôlego tento calma, sim e por favor, um pouco mais de humanidade. Então me faço um acordo - pelo menos hoje não me apresso. </span></div>
Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-85399803696857788142013-03-03T22:49:00.002-03:002013-04-25T01:58:16.804-03:00Vinte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU0_Dw5rgiSQ2hh9iWHEU1KrbVfVd7gzPHxVE3LWJ-G_0x-PZcGT20EUrFdv7GayKyzL4rziVJKVgrqE-w1V-Uw_lduuR2wlTZ_x3BdBXt5acrXwH5vbT0d9DsHEyOAC4fDp89Km__pA/s1600/798271_4089462405608_1525609016_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU0_Dw5rgiSQ2hh9iWHEU1KrbVfVd7gzPHxVE3LWJ-G_0x-PZcGT20EUrFdv7GayKyzL4rziVJKVgrqE-w1V-Uw_lduuR2wlTZ_x3BdBXt5acrXwH5vbT0d9DsHEyOAC4fDp89Km__pA/s640/798271_4089462405608_1525609016_o.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">foto de Hermano Armir Araújo Sater</span></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A vida não para. Independente se o corpo cansa e a mente pede sombra, o tempo segue. Viver é tão raro que só se pode uma vez. Hoje os sorrisos não se dão pelo feito, mas sim pelo inacabado e por aquilo que se pode fazer. Amanhecer significa outra chance e mais espaço. O mundo gira e aí é viver, mesmo que as vezes teimando. Que seja longo o caminho, pois tenho sobra de fôlego. Andemos, andemos... a vida é imensidão.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-80941125993811078612012-12-31T03:53:00.002-02:002012-12-31T04:00:20.653-02:00Anunciação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR01SRD8aoRyZYiuL8C53EyD4HGMooEraN7HndOBqcy61I5UMsXIJuYjvULaIAx_QlOWUK7oRKJ59Htaz4NTcJ187ihAugn1Mt06xYMQcK-5GoEWkyaYqplezTpub1VDWxTkQ6BJWcqw/s1600/Into-the-wild-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR01SRD8aoRyZYiuL8C53EyD4HGMooEraN7HndOBqcy61I5UMsXIJuYjvULaIAx_QlOWUK7oRKJ59Htaz4NTcJ187ihAugn1Mt06xYMQcK-5GoEWkyaYqplezTpub1VDWxTkQ6BJWcqw/s640/Into-the-wild-4.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ora, tanto tenho dito e desatado em palavras por estas bandas que até me engasgo a certas horas. Mas neste instante, ao despedir das estrelas, me debruço sobre meus anseios e arrisco algo para a última alvorada do agora. Com breves olhares para trás e doses homeopáticas de ansiedades distantes tento trazer o futuro para cá, junto da minha janela. Não que eu queira enquadrar o mundo aos limites do meu horizonte, mas é grande a vontade em ver a tal anunciação. Evito, ao menos hoje, falar em abandonos e apegos, apenas abrindo os olhos pressa bruma leve de novas liberdades. M</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">e alivia um sorriso em sincronia ao Redentor - bom presságio. </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Meu peito pulsa junto a criação - desejo de vida. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Talvez até pudesse ser mais claro, mas é que o perfume desse novo tempo é tão subjetivo que me traz apenas uma certeza, a de que em vem felicidade.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-77396043755922069572012-12-02T12:18:00.000-02:002012-12-02T12:18:14.939-02:00Julho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6mB-on77ap3DJXX_y6KsJJ7dQ_cASrCG_pVwwsPuHuZD-mq7Srk03HURvI8b5PEB4Fg2F2-_-gSWAXv8EGKUSonc0x9PIXoP31RZdcdM6BEHwvgn7YY59a4IZK60eC3dF3eoa8MQ_ZQ/s1600/4997652.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6mB-on77ap3DJXX_y6KsJJ7dQ_cASrCG_pVwwsPuHuZD-mq7Srk03HURvI8b5PEB4Fg2F2-_-gSWAXv8EGKUSonc0x9PIXoP31RZdcdM6BEHwvgn7YY59a4IZK60eC3dF3eoa8MQ_ZQ/s640/4997652.jpg" width="424" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Disseram que paixão é turbulência e amor calmaria. Me contaram, que um é intenso e o outro brando. Mas de novo, só pra ser do contra, tenho que discordar. Carrego dentro de mim um sentimento que nasceu do vazio, e fez morada por aqui aos poucos, construindo, talvez, o amor mais paixão que se tem notícia. O tempo e o vento, de testemunhas integrais, assistiram a entrega, a despedida da estabilidade e a passagem de momentos singulares de descontrole. Olhando para trás vejo seu cheiro e enxergo sua presença, e isso me traz um aperto, porque te quero de mansinho, não de arranques. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A gente apanha, sofre, abre uma ferida, e mesmo assim tem de andar. </span><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">As vezes é preciso mais do que noites em claro e um choro desatado para se entender a vida. E aí é o diacho! </span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-65608590277808833002012-11-29T04:11:00.004-02:002012-11-29T04:13:30.350-02:00Santa Fé<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Br_wn-gmv56Y9cFMzHKkDG72-umWhVrD6uO-42xhIIZu_xUpvU0AZqTGRByJixYnBVsOIUOE_qDo4MjJxjqoOIsLtHbT-nNoW34lCd1FeYRUYu-dPtxTP7xm6ThV_1ZBmhHNMKuSww/s1600/pampas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Br_wn-gmv56Y9cFMzHKkDG72-umWhVrD6uO-42xhIIZu_xUpvU0AZqTGRByJixYnBVsOIUOE_qDo4MjJxjqoOIsLtHbT-nNoW34lCd1FeYRUYu-dPtxTP7xm6ThV_1ZBmhHNMKuSww/s640/pampas.jpg" width="640" /></a></div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Fecho os olhos e zonzo embriagado pelo cheiro dos campos. Em meu peito pulsa o ritmo do vento minuano, que passa como quem já é de casa e não se acanha em deixar a saudade. "Noite de vento, noite dos mortos", que por um acaso talvez ainda vivam, mas escondidos pelo cansaço do tempo ou pelo desânimo de um coração abatido. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">E aqui, sentado frente ao corredor e sob essa luz baixa do acalmar do dia, concluo que as vezes a vida é tão mansa, que chega a ser triste. Mas uma tristeza boa que da até uma vontade de chorar. Como refletia o saudoso Cap. Rodrigo Cambará, 'é mui bom estar vivo'. </span></div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Quero ir além da província, conhecer moças mui guapas doutras estâncias, pelear muitas guerras, cantar alguns versos, comer um bom churrasco. </span></div>
<div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: Trebuchet MS, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">E mesmo que as vezes tenha a alma apertada, junto a sentimentos doloridos e olhos embaçados eu sigo. Sigo porque é mui bom estar vivo, e apenas vivo se tem um sorriso que cure o tempo.</span></div>
Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-19590179916110033522012-10-22T02:49:00.000-02:002012-10-22T02:49:50.512-02:00Eu protesto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhrbVXuFJRf2w8o87xiqpzHWXSfuN_BQ5FT5AEjnjmiyzymwYZQIXQr4ZY-Q8SxAeeR5lFH6rwYH69GrU54SMmXe3-tMrxdqH5COT782lotvEaCiRMM1RKiHPjxXStiHwuCS2cHN036Q/s1600/1748065.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhrbVXuFJRf2w8o87xiqpzHWXSfuN_BQ5FT5AEjnjmiyzymwYZQIXQr4ZY-Q8SxAeeR5lFH6rwYH69GrU54SMmXe3-tMrxdqH5COT782lotvEaCiRMM1RKiHPjxXStiHwuCS2cHN036Q/s640/1748065.jpg" width="480" /></a></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Como és, onde está o Salvador? Milhões clamam, meia dúzia grita. Inibido por deformações de um púlpito, embaçado pela fumaça de uma mesquinha religiosidade. Quem é esse ao qual canta minh'alma? Quem é Jesus, eu preciso saber. Cale-se igreja, permita que as pedras falem por nós, pois não mais conhecemos nosso Redentor. Que urrem as rochas trazendo de volta a imagem do Cristo cordeiro. Clamemos, vivamos, preguemos a cruz. Cruz onde sangue e dor se derramaram, para que nos prostremos frente a graça de um amor incondicional. Que junto aos joelhos ao chão caiam também os dedos apontados. <em>Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor</em>. Que os ditos crentes descubram o dom de amar, que enfim se convertam. Mas que amem tal como o grande Pastor, que veio para os doentes e não para os sãos, e assim amou a todos. Entendamos que não é preciso inventar um novo cristo, mas sim e por favor um novo Martinho. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-64973746303243167932012-08-28T02:57:00.000-03:002012-08-28T23:04:04.392-03:00Não pertence<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5q2Kc2sM3ihYYjKP8O1kv-0HuDFSISzGXnKR4f1lCk-unNMMfPm3GLgThOes3cXBh_0jWJi4QyW8KsdVjkmcnEINKJnjAG8wnqGJ5U7rvxTkdIH4ujn8p9UJxm_R4q95DriK2Kc9mlQ/s1600/5296849.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5q2Kc2sM3ihYYjKP8O1kv-0HuDFSISzGXnKR4f1lCk-unNMMfPm3GLgThOes3cXBh_0jWJi4QyW8KsdVjkmcnEINKJnjAG8wnqGJ5U7rvxTkdIH4ujn8p9UJxm_R4q95DriK2Kc9mlQ/s640/5296849.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E se eu não quiser ser, e se o se se tornar é e o é deixar de ser? Possuo anseios que neste mundo não acho respostas, não sou daqui - não posso me contentar a ser isso aqui. E nem quero. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É ser
fiél aos fatos, votar consciente, ter dinheiro, ser dinheiro, dinheiro
consciente, de fatos conscientes, é ser fiél. a quê?</span> <span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas a questão é que o tempo vai passando e conclusão sequer me direciona, ou coragem alguma me pousa para abandonar. Só sei que questiono e quanto mais contestável é menos quero. Estou perdido ou apenas ainda não me encontrei, no caminho reto ou andando em círculos. De fato, neste instante gostaria de ser nada, para atravessar a porta e saudar a criação - trilhar o caminho somente com a roupa do corpo, deixando mala, medo, obrigações. Não ser um molde, não ser aventureiro, estar.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-43377009563088304782012-07-15T21:03:00.001-03:002012-07-15T21:07:41.949-03:00Alvorada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsIGk_BT5hzANgEraBME4QOrAlNsN6QhP2_iNVMzuxrUecGqFFAzHXR202Pci27WXkJAQjox7rIyVkf7muxMD7JvBMo3sSP4hwGtEfGCQfgDEzt5UMjnftzWn8RgROX5TCOJrxJrOI6A/s1600/511996.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsIGk_BT5hzANgEraBME4QOrAlNsN6QhP2_iNVMzuxrUecGqFFAzHXR202Pci27WXkJAQjox7rIyVkf7muxMD7JvBMo3sSP4hwGtEfGCQfgDEzt5UMjnftzWn8RgROX5TCOJrxJrOI6A/s640/511996.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu só queria que isso tudo passasse, que as pessoas se amassem; ver meu filho crescer. Um alívio se fosse embora essa tristeza, esse egoísmo que constrói a dor. Te queria aqui do meu lado, mas já me contento em estancar o fluxo desse coração que você arrancou. Porque faz parte do humano ser pobre e podre, individual, indiferente - isso que machuca a gente, faz questionar o amor e se isso tudo é nosso luar certo. Luar que muda de fase em fase e se altera num instante indo embora como se não precisasse dar satisfações. Ninguém é dono de ninguém, o desapego é meu e isso não vão me tirar. Mas não me digam que não é preciso ter cuidado. Não tentem me convencer o contrário de sua covardia - seu lugar de fuga em meio aos seus interesses. Em um pedaço de mundo onde encontro anseios que essa vida não pode satisfazer, só concluo que não fui feito para esse lugar. Existe uma alma que se move em mim, um pranto de retirada. E assim como os anciões, bato o pó de minhas sandálias frente a ti, como sinal do meu desprezo. Boa noite, viaje bem, meu maior consolo é saber que jamais encontrará o que tanto procura, em sua limitada busca terrena. Eu fico por aqui, meu tempo é apenas um fôlego e eu o respirarei. As lágrimas podem durar uma noite, mas a alegria resplandecerá, junto aos raios da alvorada. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-78952717593936118772012-07-08T20:30:00.000-03:002012-07-08T20:30:42.023-03:00Perecível<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicd-XNv8Napd4Xi-D65H0I2jKN6zLeDn3SyXmmkgebJbzBdfjxZx6PLv2zFIeo-mvbVXo8ZbEWWO6cZlr8AuntSwgsgXa-7Cij7Z-RZI4NyZoys5M44nBsguUEv7lNGyKcx9IttU-Jcw/s1600/2829891.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicd-XNv8Napd4Xi-D65H0I2jKN6zLeDn3SyXmmkgebJbzBdfjxZx6PLv2zFIeo-mvbVXo8ZbEWWO6cZlr8AuntSwgsgXa-7Cij7Z-RZI4NyZoys5M44nBsguUEv7lNGyKcx9IttU-Jcw/s640/2829891.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu só sei que fico miúdo, do meu jeito quieto, pensando no estar. As palavras ditas ainda zonzam, os olhos marejam e o miocárdio se contrai. Eu fico pequeno, me perco e desabo. Não nasci para o desapego, prefiro a rotina do cuidado, dos carinhos e da permanência. Porque se fica é porque se tem amor, e isso basta. E me basta porque escolhi ser coração e não carne. Coração é trilhar por um caminho instável, é ser dependente do outro e assumir o plural. Somente aqueles que vivem pelo coração sabem de sua dor, mas conhecem o significado dos sentimentos não perecíveis. E assim a carne é, perecível - e eu me recuso. Me recuso a prostituir o que tenho como amor, por míseros instantes de instinto. Porque o físico se degrada, e vai-se embora deixando o vazio. E não quero ser vazio. Anseio ser inteiro, quero crescer, transbordar. Por isso não me vendo, mas amo. Não me corrompo, insisto. Faz parte da minha natureza não querer ser só - ser só prazer, só egoísmo, só instinto, só carne. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-49947591177021293102012-04-13T21:28:00.000-03:002012-04-13T21:28:40.005-03:00De costume<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHyxPAf43LGNfFsqdPOodiokHm8O-pRT5oU5AlHaqSvaQEFmCVgJkUuzjseHugH8K-FwWWeQ9jqzWKk6fgiuUD7fUtFX2WgsYJhoDm44bZXpNKOgi-8rx86W6RdgnalqIqi0ERhjiSLA/s1600/5041574.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="444" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHyxPAf43LGNfFsqdPOodiokHm8O-pRT5oU5AlHaqSvaQEFmCVgJkUuzjseHugH8K-FwWWeQ9jqzWKk6fgiuUD7fUtFX2WgsYJhoDm44bZXpNKOgi-8rx86W6RdgnalqIqi0ERhjiSLA/s640/5041574.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div>Li uma vez, nas paredes perdidas da vida, que todos somos egoístas até que achemos alguém com quem valha a pena pensar no plural. Porém, mais difícil que flexionar o contexto ao coletivo, é readaptar-se à rotina do singular. Fazer a partilha, redefinir os limites, acostumar-se com o silêncio e a mão desatada, que não mais entrelaça os dedos. E talvez por isso tamanho egoísmo. Egoísmo que se isola, no intuito de evitar o desgaste de um coração que batia na sincronia de dois, e que agora sofre a fadiga de reaprender a frequência da solidão. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-57403053152732630582012-03-19T00:50:00.000-03:002012-03-19T00:50:57.823-03:00Mesmice<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbnO8dqF2GtR_U4QRrqk44y_HuhnJzLzD3Vpjkc1HVaTL4wZodq8fuzSzgz8rGRmWU95kY618uPUSrxLmo1HofnfdiMXLuleN6m69Bj7RzfjqF7ul3nOJ4PF73VrcjwimExKuJvllvhA/s1600/5139167.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbnO8dqF2GtR_U4QRrqk44y_HuhnJzLzD3Vpjkc1HVaTL4wZodq8fuzSzgz8rGRmWU95kY618uPUSrxLmo1HofnfdiMXLuleN6m69Bj7RzfjqF7ul3nOJ4PF73VrcjwimExKuJvllvhA/s640/5139167.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="letter-spacing: 1px; line-height: 15px;"></span></span></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu te amo, flagelando meu próprio eu, eu te amo. Mesmo negando que você não é insubstituível e que todos aqueles momentos nem foram assim tão especiais. Mesmo deixando você ir, enquanto choro pela saudade que ainda nem começou, mas que já tenho medo de sentir. Mesmo não te pedindo pra ficar, ainda que minha vontade real é te segurar pelos braços e não te deixar ir embora. Mesmo não olhando mais nos teus olhos, pois quero esconder que no fundo tenho lágrimas de tristeza e não ódio pelos teus atos. Mesmo não ouvindo a tua voz, que costumava me arrancar horas de boas conversas. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias, após acreditar que iríamos dividir uma vida inteira. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Amo por inteiro, amo com força, amo mesmo não sabendo amar. Porque confesso que já não sei mais como fazer, e qual seria a razão disso. Mesmo negando, mesmo deixando, mesmo não pedindo, nem olhando nos teus olhos ou ouvindo a tua voz, eu amo. E amo mesmo, mesmo no fim, que enfim possuo a certeza que já não quero mais te amar, mesmo te amando.</span><br />
<br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><span style="background-color: white; letter-spacing: 1px; line-height: 15px; text-align: justify;"><br />
</span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="letter-spacing: 1px; line-height: 15px; text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">"</span></span><span style="color: #9a9a9a; font-family: Arial; font-size: 11px; letter-spacing: 1px; line-height: 15px; text-align: justify;">Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar." - </span><strong style="color: #c4a8a2; font-family: Arial; font-size: 11px; letter-spacing: 1px; line-height: 15px; text-align: justify;">CaioF.</strong> </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-66406817199013731372012-02-21T16:56:00.000-02:002012-02-21T16:56:23.990-02:00Aquela música que fala do amor<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Porque quando se ama a gente escorrega, tropeça e mesmo sem querer parece assim, um tanto malcuidado, estragado. Porque quando se ama não da pra explicar, passa o dia todo querendo encontrar, porque para quem ama não há substituição, e se adoece, amolece querendo ver. Aquela música que fala do amor, aquele som daquele coração que jura todos os dias que poda mudar, que vai se ajeitar, endireitar "por você". </span><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/mrDxd_0x6ew" width="420"></iframe>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-9423984801544411122012-01-29T15:00:00.000-02:002012-01-29T15:00:04.401-02:00Indisplicência<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLGENeKoN3Fd-MTAzyPLHK-zwAZiSeEfSLFYvKUfC24yRQl0_LQ91YNibUlqePmZV_hE_r7-0WNbkeDhuEKDyuGcl4J29S-5LqEb9gZbuqgXBNxu4LB8AVx8wMauCW1RqtqpFBiCXmhw/s1600/5087512.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLGENeKoN3Fd-MTAzyPLHK-zwAZiSeEfSLFYvKUfC24yRQl0_LQ91YNibUlqePmZV_hE_r7-0WNbkeDhuEKDyuGcl4J29S-5LqEb9gZbuqgXBNxu4LB8AVx8wMauCW1RqtqpFBiCXmhw/s640/5087512.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nenhum ser humano pode convencer um outro alguém de seus erros, muito menos ensina-lo o que é consideração. O orgulho cega os olhos, eleva o tom da voz e fere sentimentos na certeza de uma falsa razão. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A percepção deve ser inerte, o cuidado proporcional. Tudo que se ama se difere, e aquele que se faz indiferente distancia, amordaça até sufocar.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-522077473625963372012-01-08T17:27:00.003-02:002012-01-08T17:29:02.433-02:00Setenta vezes sete<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://farm4.static.flickr.com/3485/3708293407_311dc06ed4_m.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="444" src="http://farm4.static.flickr.com/3485/3708293407_311dc06ed4_m.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Porque assim como as dores da carne são diferentes das da alma, também deve ser o arrependimento. Arrepender-se vai além de um "desculpe-me" e perdoar requer muito mais do que um simples "eu te perdoo". O preço do perdão de um sentimento ferido é bem mais caro do que hipócritas falas decoradas. O preço de um perdão deve ser pago com mudança. Mais do que palavras, aliás, dispensáveis palavras, a transformação de um caráter sujo, ou de atitudes duvidosas, fazem mais barulho do que mil gritos de remorso. E é aí que mora a diferença dos verdadeiros arrependidos, daqueles que se preocupam. Aqueles que amam, se importam, erram e se redimem - com atos; já os indiferentes pecam e seguem adiante, sob a covardia de sua humanidade, alegando que aquela é sua natureza e que um dia mudarão. Disse Jesus que devemos perdoar não apenas sete; mas até setenta vezes sete. E é o mesmo Cristo quem nos alerta à transformação verdadeira. Antes sermos frios do que mornos, porque os mornos serão vomitados. Antes não se arrepender do que confessar uma contrição falsa, sem anseio de mudança. Por isso, podemos dizer que só há mudança com amor e pelo amor. Porque o amor tange a alma, ao contrário da carne que se redime momentaneamente, apenas em períodos breves de conveniência. Porque o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... perdoa. Não há falha ou queda que desate um sentimento verdadeiro, ou que consiga separar corações que batam em sintonia. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Porque o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... tudo refaz. Não há mudança que não se faça, por mais difícil que pareça, para aqueles que amam e não querem se perder. O preço do amor é a renúncia, a entrega... e eu chego as sete, para perdoar setenta vezes sete.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-44160242419322889692011-12-19T01:22:00.000-02:002011-12-19T01:22:01.283-02:0030m²<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR474kengwFnQlMSNAfyYy_OHjym7La131z_n4Fg3rNfhhyphenhyphenBto_Hk4140u9Z1d3vZ4akr1KCk0a_wk2qBz9f3nmHRHyY8O8c3MfVRp7XG0nvKt0m1nYl8HCiZm3UwV3MB8QgWBuotJ8g/s1600/vai3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR474kengwFnQlMSNAfyYy_OHjym7La131z_n4Fg3rNfhhyphenhyphenBto_Hk4140u9Z1d3vZ4akr1KCk0a_wk2qBz9f3nmHRHyY8O8c3MfVRp7XG0nvKt0m1nYl8HCiZm3UwV3MB8QgWBuotJ8g/s640/vai3.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Arrisco-me a dizer que o tempo seja, talvez, a criação mais complexa feita por Deus. Penso isso, pois hoje olho para trás e vejo um turbilhão de transformações e uma vida intensa, amontoada de emoções e que se segue, constante. Há um ano atras, escrevia sobre <a href="http://notivagomatinal.blogspot.com/2010/07/brasilia-continua-linda.html" target="_blank">anseios e medos</a>, e concomitante à ansiedade por uma grande mudança, dizia um adeus marejado - de quem deseja a novidade com o coração apertado em se despedir. Há exatos doze meses, soltava a mão dos meus amigos, dando tchau e aprumando a vela, para seguir junto aos <a href="http://notivagomatinal.blogspot.com/2010/11/e-os-ventos-do-destino.html" target="_blank">ventos do destino</a>. Saí da segurança dos meus pais, marquei um ponto final e, comprometido com os meus objetivos, iniciei uma nova etapa. Enfim, o tempo passou e posso dizer que encerro amanhã meu primeiro ano em Brasília. Sei que a ausência será passageira, mas confesso que vou embora diferente. Além das minhas dezenas de roupas sujas, levo na minha bagagem as inúmeras lembranças destes últimos dez meses. Por aqui compreendi o que é começar ~e recomeçar, várias vezes~, fiz novas amizades e aprendi o real significado da palavra confiar. Mais do que a experiência de morar sozinho, ou de começar uma graduação, eu vivi Brasília. Vivi a #secaDF, andei pelas entrequadras, morri de tédio. Amei, chorei, perdoei, encontrei pessoas com gostos semelhantes aos meus, contornei diferenças. <a href="http://notivagomatinal.blogspot.com/2011/05/sweet-caroline.html" target="_blank">Bons tempos nunca foram tão bons</a>, e o especial nunca fará tanta falta, mesmo num curto espaço de tempo. </span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A despedida nem se fez e a saudade já está presente. Obrigado por fazerem parte disso e, por favor, estejam aqui na volta.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-34271806955888017832011-12-11T19:29:00.000-02:002011-12-11T19:29:50.123-02:00No apagar do sol<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTzCVCzfrvxj_8d0xJki0gmAm4hiV9fjYR3T79YroqCWva9LvFsOMC37fMZJ1VXnOONg8_FIOX-IUoLgPXmOIOg4EIqHeUsLoC1JReeSeivVjlN5jNkjWGnqqyz7lnlhcgr4nVffk2w/s1600/2032303.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTzCVCzfrvxj_8d0xJki0gmAm4hiV9fjYR3T79YroqCWva9LvFsOMC37fMZJ1VXnOONg8_FIOX-IUoLgPXmOIOg4EIqHeUsLoC1JReeSeivVjlN5jNkjWGnqqyz7lnlhcgr4nVffk2w/s640/2032303.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não quero mais ficar sozinho, cansei de ser só. Por que você não vem? Que é pra me tirar desse aperto, desse silêncio em desespero que me deixa assim, borocochô. Vem sentar do meu lado, me fazer um carinho. Deixa eu deitar no seu colo, ganhar um cafuné... te contar uns segredos. Não me deixa solto assim não, vem colar em mim.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-40737379718809622022011-12-03T23:08:00.000-02:002011-12-03T23:08:33.734-02:00Bom dia, meu nome é otário<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzkJM2l5jnDfU_1vUFHddBRFqFiH_p6ledDJq86jR5HRoELjmOCEXGcUvJiBUZpB7eQMdt3OWWFTDI0mSe_JvAiMMF_nwoeF32WUqnrFxevmtpAwYNb2QRs-8xuJ0oPaTUkULAqW5kNw/s1600/2549447.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzkJM2l5jnDfU_1vUFHddBRFqFiH_p6ledDJq86jR5HRoELjmOCEXGcUvJiBUZpB7eQMdt3OWWFTDI0mSe_JvAiMMF_nwoeF32WUqnrFxevmtpAwYNb2QRs-8xuJ0oPaTUkULAqW5kNw/s640/2549447.jpg" width="426" /></a></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Muito escrevo sobre o amor, penso demasiadamente. Perco noites, viro camas, queimo linhas. Me contorço, calado. Me calo porque amar é paralelo e não rotineiro. Por que se amor fosse rotina, 'eu te amo' seria 'bom dia', e encontrar alguém para se dizer não seria tão difícil quanto é. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-42693641391352024782011-11-07T00:37:00.000-02:002011-11-07T00:37:45.633-02:00De olhos fechados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipr7OIBe2ze36GGWntX2V3W7TBjVpqofEDBIumXID0NfvPdvZ5zeUAZDluHHv2Pr4YHaTdfV0rQZhzneqKOryxjtcP2ym6xtFzQMsPicq1lc663j8QpNahx6qYljk6hPdxqSssUUBPvg/s1600/2551278.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipr7OIBe2ze36GGWntX2V3W7TBjVpqofEDBIumXID0NfvPdvZ5zeUAZDluHHv2Pr4YHaTdfV0rQZhzneqKOryxjtcP2ym6xtFzQMsPicq1lc663j8QpNahx6qYljk6hPdxqSssUUBPvg/s640/2551278.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tenho nojo, ânsia daquilo que não se pode confiar. Como dizia meu pai, a confiança é como um espelho, uma vez quebrada é impossível recupera-la da mesma forma. Mas é irônico como todos prezam pela fidelidade e, na contra mão, não se preocupam em serem recíprocos. Confesso estar parado há um bom tempo neste trecho, tentando encontrar palavras mais liberais, mas não consigo. Quando o assunto é confiança, fidelidade, respeito, sou ortodoxo. Não acredito em meias traições, muito menos em meias verdades. Estar com alguém implica em renúncia consciente, compromisso. Porém, se os aspectos 'judiciais' do acordo não são o bastante, podemos analisar o tema por uma visão mais sensível, o gostar. Como disse em <a href="http://notivagomatinal.blogspot.com/2011/10/rubber-band.html" target="_blank">"Rubber Band"</a> - <i>"</i></span><span style="background-color: transparent;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>amar é permitir-se acreditar em quem se ama, confiando nisso o que temos de melhor. Ao contrário do que falam, amar não é arriscar-se, é apostar no certo (ou o que julgamos ser)". </i>Quem ama não trai, nem sequer procurar um outro alguém. Se isso acontece, não se tem mais um relacionamento, mas sim um jogo estratégico. Por quem cativamos bons sentimentos, jamais os permitiremos à exposição das nossas brincadeiras. Aquele que ama se contenta, e se não contente se afasta, porque gosta, cuida, se preocupa em não fazer da outra parte um aparato de apoio para o suprimento de suas carências. </span></span><span style="background-color: transparent; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Posso ser tradicional, ou um romântico ultrapassado, enfim... só sei que estou cansado disso, disso de brincar de acreditar. Quero amar de olhos fechados, é pedir demais?</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-77779208535993132252011-11-02T18:34:00.000-02:002011-11-02T18:34:39.694-02:00Indireta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAKMuBs2C-Mz-wkXGHRtHt9DRqD6bCYGQWzsvz7i84L-JHwbk3giVcZ-899r5VWoR-V8IOrQCVJkPCSBdL-moad0hG04YzufnDh-RYKYksWJTMHPpWVq7iVBRzrN1hrbV_ggLSy0cvXA/s1600/2660195.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAKMuBs2C-Mz-wkXGHRtHt9DRqD6bCYGQWzsvz7i84L-JHwbk3giVcZ-899r5VWoR-V8IOrQCVJkPCSBdL-moad0hG04YzufnDh-RYKYksWJTMHPpWVq7iVBRzrN1hrbV_ggLSy0cvXA/s400/2660195.jpg" width="385" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Que preguiça tenho eu. Preguiça de tudo o que me atrasa, me limita, me impede de andar. De hoje em diante, dessa água morna eu não bebo mais. Quero praticar o desapego e seguir o meu caminho, sem ter que parar de hora em hora para conferir a minha direção. Cansei dessa efemeridade inconstante na qual aposto as minhas fichas e firmo os meus pés no chão. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Vou sair desse círculo e andar pra frente, sozinho ou acompanhado.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-10239377886526124042011-10-20T22:18:00.000-02:002011-10-20T22:18:24.503-02:00Rubber band<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://27.media.tumblr.com/tumblr_li4gqddSRJ1qezasco1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="456" src="http://27.media.tumblr.com/tumblr_li4gqddSRJ1qezasco1_500.jpg" width="640" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Uma vez ouvi dizer que 'o amor é um elástico sendo puxado por duas pessoas - quem soltar primeiro machucará o outro'. Disso tudo só consigo extrair uma palavra: cumplicidade. Amar alguém é mais do que simplesmente viver um sentimento positivo em relação a outra pessoa, é confiar. Afinal, nenhum ser humano em sã consciência se entregaria a outro na certeza de sofrer. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A cumplicidade vem no cuidado, no carinho, no estar e sentir com o outro. Me arrisco a dizer que a saudade, existente entre dois amantes, é a falta de um pedaço de nós mesmos, o qual deixamos com o outro, confiando-lhe parte de nós. Não quero com isso dizer que o amor é um contrato, em que ambas as partes se comprometem a normas de fidelidade, longe disso. Mas digo que amar é permitir-se acreditar em quem se ama, confiando nisso o que temos de melhor. Ao contrário do que falam, amar não é arriscar-se, é apostar no certo (ou o que julgamos ser).</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas enfim, um dia o back vem e sente-se a pancada do outro lado - alguém soltou o elástico. Um se vai enquanto o outro lateja, em meio as voltas do que sobrou. E a dúvida que machuca não é 'por que soltou', e sim 'por que soltou desse jeito?'. A dor não vem do fim, mas do descaso e indiferença como se tratou algo que um dia os fez cúmplices. É o fazer do cúmplice só mais um. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-38563709203735487272011-10-17T23:57:00.000-02:002011-10-17T23:57:16.722-02:00Bem me quer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWgRWTPGTcmEgwrs3Zq6OlqCO2lzY4s2f7AqkGmy6dStxbigPTj5bb1s3iApIw8Ar5-F-BXpbqqFN_e3U4N3374ttMlrISpyrd5aJKlnMpRaXNsXzqmofkOWO502XQhPDoB5cpFojlVg/s1600/2556527.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWgRWTPGTcmEgwrs3Zq6OlqCO2lzY4s2f7AqkGmy6dStxbigPTj5bb1s3iApIw8Ar5-F-BXpbqqFN_e3U4N3374ttMlrISpyrd5aJKlnMpRaXNsXzqmofkOWO502XQhPDoB5cpFojlVg/s640/2556527.jpg" width="572" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quem me dera ter a fórmula para o clímax carnal, ou da calmaria da alma. Viver só comigo mesmo, autotrófico com o meu amor - que hoje transborda, pela falta de vazão. Me sinto um pouco incomodado, as vezes me questiono, da minha falta de autossuficiência. Sinceramente, passaria longas horas comigo mesmo, sorrindo e me afagando com tudo aquilo que possuo dentro de mim mas que não tenho a quem confiar. Trago comigo um medo imenso quanto a solidão, ao silêncio. Mas o estranho é que parando pra escutar, a batida mais sincera é a que se faz no meu peito. Queria ser egoísta, negar minha paixão aos demais, me amar, só me amar, eu, eu, eu... sei o que tenho, e o quão sincero tudo isso é. E talvez, por conhecer tão intimamente, jamais me trairia, me machucaria, cogitaria viver sem mim. Queria poder me amar e me ser amado, e ser contente com isso, mas ah... quem me dera um algo alheio que me fizesse acreditar, novamente, que é em dois que se tem paixão.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-73742542996501920522011-09-27T00:12:00.000-03:002011-09-27T00:12:36.254-03:00Um curioso caso corriqueiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxW0xBpdOqWSxrMwrGanKmGG3_BFdHjZEMNFcXyYcynEvXb6hXQiJ_71-cJA9dmm9YtPAPBixkWIKHvm8M3T0PsMWNRnLpzKNhpkXDsUBqW8a0UZY97BoyK_tvIwUzDhVEtjKOQDMeUQ/s1600/4193831.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="441" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxW0xBpdOqWSxrMwrGanKmGG3_BFdHjZEMNFcXyYcynEvXb6hXQiJ_71-cJA9dmm9YtPAPBixkWIKHvm8M3T0PsMWNRnLpzKNhpkXDsUBqW8a0UZY97BoyK_tvIwUzDhVEtjKOQDMeUQ/s640/4193831.jpg" width="640" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A chuva estava um pouco forte, o carro longe da entrada do prédio - iriam se molhar. Correram, mas mesmo assim entraram ensopados em seu apartamento. Ele, otimista como sempre, sorriu. Ela, atenciosa, foi buscar uma camisa para ele, uma de algumas outras que ainda estavam em sua casa, mesmo após o término do relacionamento. Assim como o resto das coisas que lá permaneciam, um cantinho de sentimento ainda habitava aquela transação. Ela tirou seus sapatos e num ato automático, comum de um passado próximo, colocou seus pés sobre as coxas dele. Ambos se olharam e riram. Carinhosamente começou a massageá-la, se entreolharam. Conversaram, riram, trocaram confidências. Por um curto espaço de tempo pareciam esquecer os poréns da situação, ficaram próximos. Não demorou e o constrangimento veio. Ele recolheu seus pés, que naquela altura eram massageados por ela. Ela se levantou e foi para a cozinha, como se para evitar o clima que havia se instaurado. Estava lavando o copo quando sentiu seu hálito lhe soprando a nuca. Pensou em se desvencilhar daquele meio abraço, mas se negou. Sentaram-se, papearam um pouco mais até que ele bateu a mão sobre as coxas e exclamou: "Acho que vou pegar o caminho de casa". Se levantaram, trocaram um beijo desengonçado e se abraçaram. E foi no abraço que os limites se perderam. Mais do que a troca de um beijo, foi no abraço onde sempre viveram o clímax de seus momentos. A mistura dos seus cheiros, a pressão entre os corpos, para eles sempre foram a melhor parte. Ela, sem ver, beija o seu ouvido. Ele da um passo para frente, mas como quem sabe o quanto quer aquilo, permanece. Se beijaram, se abraçaram, sorriram. Seus corpos estavam nús, um sobre o outro, mas isso parecia não importar. Suas bocas se amavam mutuamente, e seus braços se entrelaçavam, tentando matar uma saudade imensurável. Ela o beijava e com seu olhar gritava o que o orgulho a impedia de dizer: "Eu te amo". Ele estava lá, sem saber o porque, ele estava. E em seus olhos era refletido todo aquele sentimento, a saudade, o carinho. Mas mais do que isso, refletia-se o medo de viver aquilo, de se prender a alguém. Se amaram, se entregaram. Ofegantes, ficaram em silêncio. Ele, já temoroso sobre quais responsabilidades aquilo poderia significar, esboçou uma fala. Ela o interrompeu, impedindo que qualquer observação calasse o silêncio. Tomaram banho juntos, brincaram, falaram merdas - típico de suas tardes anteriores. Se secaram e ajeitaram as coisas. Ele pegando sua carteira e a chave do carro, ela procurando o cartão, para ir ao supermercado. Beijaram-se novamente, dessa vez mais tímidos. Não sabiam o que aquilo significava, qual era agora o status da coisa. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Se fitaram, sem quererem se despedir. Ele, a amava. Enxerga nela tudo de mais instigante que jamais havia visto em outras. Não era gostosa, nem fazia o seu tipo, mas o excitava. Tinha nela seus maiores incômodos, e ironicamente tudo o que mais lhe fazia bem. Seu celular vibrou, o sms de uma menina que ele estava afim. Hesitou um pouco, mas acabou se convencendo de que todo aquele sentimento era insuficiente; </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ela, o ama. Pergunta-se todo santo dia como tamanho contraste pode ser tão apaixonante. Mesmo cética, vê nele uma boa companhia para muitos outros dias de chuva, e um parceiro para futuros anos de vida. Além do tesão, claro. O cartão de crédito cai de sua mão. Não sabe porque, mas lembra-se que tem uma fatura altíssima para pagar no mês seguinte. Reflete, amarga, mas conclui que não se pode dar ao luxo de sofrer por amores, que está sozinha na situação e tem de se virar.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele, continua procurando o suficiente por aí, pulando de braços em braços, fingindo para si mesmo que irá parar em algum. Ela, está para ser promovida. Segue sua vida e fingi não ligar a ausência de um alguém ao seu lado. Se estão felizes, se sentem saudades? Nem mesmo eles ousam responder a isso. </span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4397482747517718448.post-35106302392014751522011-09-17T19:47:00.000-03:002011-09-17T19:47:56.934-03:00Água turva<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnC6chNUpu4EyFdot0jMKTZFNY-ctf8lY_JkanPV1hM8q3xhitQTIR4yYWAHLmLv-FvX_egb-sRHFC_DDxFq7Yxut_2uLK5SutfFYRuFFjbpih0Yx7zRnT-qDXed0hOGWQQPek2WQ8xQ/s1600/4289764.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="476" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnC6chNUpu4EyFdot0jMKTZFNY-ctf8lY_JkanPV1hM8q3xhitQTIR4yYWAHLmLv-FvX_egb-sRHFC_DDxFq7Yxut_2uLK5SutfFYRuFFjbpih0Yx7zRnT-qDXed0hOGWQQPek2WQ8xQ/s640/4289764.jpg" width="640" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div>Qual a teoria perfeita para a felicidade? Existe um conceito válido para os amores e a vida? Quanto mais nos indagamos sobre nosso estado parcial, mais insatisfeitos nos achamos estar. Afinal, até onde vale a pena refletir? Até que ponto é saudável questionar se realmente estamos felizes, realizados, apaixonados? Como seres humanos ambiciosos que somos, a resposta será sempre a falta, a necessidade do mais, do além. Talvez o detalhe esteja em pensar menos e sentir mais. Talvez não exista um detalhe, e o bom seja mesmo apenas aquilo que te faz bem.</span>Gabriel Lopeshttp://www.blogger.com/profile/04761410244661229680noreply@blogger.com0