Ponta de campina

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É tempo de alma, inquieta alma de ansiedades. Em meio a rotina da pressa, que não se deixa pensar e faz das palavras deserto, a cegueira tapa - como se tudo estivesse tão bem. Difícil é se achar de novo e, por mais estranho que pareça, aperta a saudade dos olhos que costumavam marejar. Não é falta da tristeza, mas ausência do pedaço de infância que faz a gente amoado de vez em quando. Queria saber em que trilho se perdeu a percepção de que sou sozinho, pra onde foi a dor que fazia chorar. Não peço amargura, mas me falta imensidão. Nesse fôlego tento calma, sim e por favor, um pouco mais de humanidade. Então me faço um acordo - pelo menos hoje não me apresso.