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No apagar do sol

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Não quero mais ficar sozinho, cansei de ser só. Por que você não vem? Que é pra me tirar desse aperto, desse silêncio em desespero que me deixa assim, borocochô. Vem sentar do meu lado, me fazer um carinho. Deixa eu deitar no seu colo, ganhar um cafuné... te contar uns segredos. Não me deixa solto assim não, vem colar em mim.

Bom dia, meu nome é otário

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Muito escrevo sobre o amor, penso demasiadamente. Perco noites, viro camas, queimo linhas. Me contorço, calado. Me calo porque amar é paralelo e não rotineiro. Por que se amor fosse rotina, 'eu te amo' seria 'bom dia', e encontrar alguém para se dizer não seria tão difícil quanto é. 

De olhos fechados

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Tenho nojo, ânsia daquilo que não se pode confiar. Como dizia meu pai, a confiança é como um espelho, uma vez quebrada é impossível recupera-la da mesma forma. Mas é irônico como todos prezam pela fidelidade e, na contra mão, não se preocupam em serem recíprocos. Confesso estar parado há um bom tempo neste trecho, tentando encontrar palavras mais liberais, mas não consigo. Quando o assunto é confiança, fidelidade, respeito, sou ortodoxo. Não acredito em meias traições, muito menos em meias verdades. Estar com alguém implica em renúncia consciente, compromisso. Porém, se os aspectos 'judiciais' do acordo não são o bastante, podemos analisar o tema por uma visão mais sensível, o gostar. Como disse em "Rubber Band" - "amar é permitir-se acreditar em quem se ama, confiando nisso o que temos de melhor. Ao contrário do que falam, amar não é arriscar-se, é apostar no certo (ou o que julgamos ser)". Quem ama não trai, nem sequer procurar um outro alguém. Se isso acontece, não se tem mais um relacionamento, mas sim um jogo estratégico. Por quem cativamos bons sentimentos, jamais os permitiremos à exposição das nossas brincadeiras. Aquele que ama se contenta, e se não contente se afasta, porque gosta, cuida, se preocupa em não fazer da outra parte um aparato de apoio para o suprimento de suas carências. Posso ser tradicional, ou um romântico ultrapassado, enfim... só sei que estou cansado disso, disso de brincar de acreditar. Quero amar de olhos fechados, é pedir demais?

Carta para um futuro subjetivo - próximo ou distante

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Olá, bom dia. Não sei como estamos hoje, muito menos o rumo que as coisas tomaram, mas espero que estejamos todos bem. Mas não posso mentir que desejo que seja eu a pessoa ao seu lado agora, para lhe sorrir com o olhar a cada 'eu te amo' que ouvir. Espero que o cheiro em meio as minhas cobertas e o travesseiro ainda seja o mesmo do de agora, o dos seus cabelos. Espero que neste exato momento, você porte uma aliança em uma das mãos com a qual segura esta carta - e que tenha sido eu a pessoa que finalmente lhe convenceu a usar uma. Não espero estar mais bonito, ou diferente, mas bom o bastante para já ter sido apresentado ao seus amigos - e que eles achem que eu combino com você. Espero que já tenhamos escolhido o filme de segunda, e que os almoços de terça ainda estejam de pé! Espero que estejamos fluentes em francês, e que nossa viagem para a Europa tenha acontecido pouco depois desta carta. Espero finalmente ter conhecido sua mãe, e que você já tenha rido e me passado vergonha junto com a minha. Espero que o Corinthians já tenha conquistado uma Libertadores, porque né... se não fica difícil dar credibilidade. Espero que tenha conseguido seu mestrado, e que eu estivesse presente no dia da defesa. Espero que eu não tenha te deixado desistir daquele seu 'tal negócio', e que você finalmente tenha conseguido seu primeiro milhão. Espero que eu ainda esteja me enxugando com a toalha molhada, que você deixa depois dos banhos que tomamos juntos. Espero que ainda tenhamos saudades um do outro, em cada longo período que nos mantemos distantes. Espero que o Infinity ainda exista, para sempre te telefonar. Espero já ter rodado aquele filme, com o roteiro da sua mãe e das suas tias, que pegavam o carro pra azarar. Espero que ele tenha ganhado prêmios, com você na primeira fila, para fazer os agradecimentos enquanto te olhava. Espero que tenhamos passado por maus bocados, que tenhamos duvidado de nós mesmos, nos stressado bastante. Tudo isso, para sempre concluirmos que a saudade dói mais e que nos fazemos felizes. Espero que tenhamos finalmente desvendado o que é o amor e, descoberto que no fim das contas, sempre tivemos a mesma opinião. Espero que eu tenha te convencido a arriscar, e lhe provado que valeria viver tudo isto acima com uma só pessoa, eu. Espero que você seja a mulher da minha vida. 

Depois da tempestade

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Caminhando solitário entre folhas caídas e árvores tombadas, raízes expostas ao chão. Sua pele toca o frescor e a calmaria trazida após um embate sangrento entre natureza e querer, a força de uma tempestade. Ecos de um passado presente ainda grunhem a dor de um membro arrancado. Tudo fora do lugar, a vida nua e vulnerável, sem censuras posturais. Frente aos olhos, o chorume de um orgulho perdido, cacos de um forte incinerado. Corre os olhos para trás e enxerga toda a decadência, existente apenas por aqueles que permitem-se viver.  A poeira molhada invade seus átrios, o recomeço. O amor por fim, não o destrói, mas sim, desfaz seus medos. Sem lágrimas pode entender, o quão pequeno é, e como toda essa dependência não o deixa apodrecer.

Traço

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Meus versos mais bonitos são de momentos árduos de saudade e solidão. Talvez por isso minha 
vocação em ser poeta. A rotina da falta, da espera - que me dói, me inspira. Nas pegadas desse 
chão, caminho, tropeço... eu sigo. Mas não as pertenço. 
Minha história escrevo na busca concreta pelo lúdico. Nem sei. Aliás, quero tanto e tenho nada 
que já nem quero querer. Mentira! Quero sim. Mas quero pouco, uma pílula de exagero, de 
miúdo. Sou de colo, quero beijo, o afago dos olhos, teu sorriso, suspiro, noite em claro. 
Se estou já me perco. Enquanto você quebra os meus códigos, eu lhe decifro. Te amo, te odeio, 
te inspiro a me arriscar. Daqui não sou, portanto, a rotina não me interessa. 
As vezes me espanto com o curso que me levo, ou com a força das ondas contrárias. Não muito 
raro me questiono se navego sozinho para o nada. Meu leme, cúmplice de minhas sandices, se 
nega a tomar um rumo que não o do teu cais. Os ventos ecoam, proclamam um futuro que destoa 
da correnteza que tenta me provar que não verei o pôr-do-sol. 
E me deixo na ressaca desse mar, para que me achegue a calmaria das praias de um abraço. 
Sou imenso, turbilhão de profundidade. Sou vida, mistério, força em calmaria. Mais do que eu, 
somente tudo aquilo que quero ser e que em mim coesiste ao habitar.

Omega

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Deixa, permita-me desabafar, chorar entre as palavras a tristeza que me inunda. Me deixa, larga que só entre nós vamos nos entender. Meus sentimentos e os versos, a sós, cúmplices e confidentes. Num choro desatado, na escrita escorrem as minhas lágrimas, que caem ao chão, simultâneas ao texto. 

Homo sapiens

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Hoje estou triste, meu dia acordou nublado, embaçado feito as minhas vistas de choro manso. As boas lembranças já não são mais boas, mas sim o tormento que quero apagar. As promessas do pra sempre já estão escondidas atrás das desculpas do não saber. Agora posso lhe provar que não sou pessimista, e sim, como lhe dizia, realista. E seria grato, se não me tivesse feito acreditar no contrário.
Para mim, sentimentos são sólidos. Me nego a crer em um amor líquido, que assim como a água, em seu ponto máximo de calor, evapora e some dum instante para o outro. Se foi assim, então não foi.
Ou não.
 As vezes o ser humano seja só isso mesmo, e eu, na verdade seja um desconecto que acredita em algo a mais. Mas então, se assim for, que me dêem licença para não ser humano. Me permitam renegar essa raça que dá ao "eu te amo" a banalidade e a negligência que o meu eu se recusa a compreender.

A sina de ser

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Meus versos mais bonitos são de momentos árduos de saudade e solidão. Talvez por isso minha vocação em ser poeta. A rotina da falta, da espera - que me dói, me inspira.

Deriva

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As vezes me espanto com o curso em que tu me levas, ou com a força das ondas contrárias. Não muito raro me questiono se navego sozinho para o nada. Meu leme, cúmplice de minhas sandices, se nega a tomar um rumo que não o teu cais. Os ventos ecoam, proclamam um futuro que destoa da correnteza que tenta provar que juntos não veremos o pôr-do-sol. 


E me deixo na ressaca desse mar, para que me achegue à calmaria das praias do seu abraço.

Setuvem

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Sentado aqui, me perco a te imaginar.
Entre cores e borrados me arrisco a desenhar o teu sorriso.
No menor dos sinais me precipito,
pensando ser você.

Me tira desse tédio,
da rotina do esperar.
Encaixa logo teu olhar no meu
só pra espantar essa minha vista cansada.

Vê se não demora
ou se der, manda avisar quando chega.

Dengo...

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Nem sei. Aliás, quero tanto e tenho nada que já nem quero querer.
Mentira! Quero sim. Mas quero pouco, de miúdo.
Quem sabe um cafuné, ah... um chamego.

Hm, tô carente, falei!

Quero colo, quero beijo, mão quentinha.
Ei, me dá saudades? 

Quero o afago dos teus olhos, teu sorriso.
Suspiro,
noite em claro.



Meus versos soltos

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Não basta encontrar a cruz, é preciso entendê-la.
Dependente, feito criança. Inocente, iludido, me apeguei.
Só torço, é o tudo que me resta. Afinal, minha sorte é quem toma seu curso.
Aparte-se. Afaste-se, não percebe que és tudo que te quero?
Não sou pop, não sou cool. Só. Apenas não acho graça.
Até breve... em trilhos distintos, mas sempre no mesmo caminho, a tua direção.
Eu te... meu semblante me confessa.
                                                 

Pílula

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Tô com sintomas,
sintomas de saudades.
Incorformidade colateral de um momento inacabado,
que acabou.

Tô com dor,
dor de cotovelo, desespero.
Quero uma pílula, um remédio de via oral.
Um beijo teu,
mais um pouco do nosso devaneio -
aquele santo segredo carnal.