Depois da tempestade

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Caminhando solitário entre folhas caídas e árvores tombadas, raízes expostas ao chão. Sua pele toca o frescor e a calmaria trazida após um embate sangrento entre natureza e querer, a força de uma tempestade. Ecos de um passado presente ainda grunhem a dor de um membro arrancado. Tudo fora do lugar, a vida nua e vulnerável, sem censuras posturais. Frente aos olhos, o chorume de um orgulho perdido, cacos de um forte incinerado. Corre os olhos para trás e enxerga toda a decadência, existente apenas por aqueles que permitem-se viver.  A poeira molhada invade seus átrios, o recomeço. O amor por fim, não o destrói, mas sim, desfaz seus medos. Sem lágrimas pode entender, o quão pequeno é, e como toda essa dependência não o deixa apodrecer.