30m²

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Arrisco-me a dizer que o tempo seja, talvez, a criação mais complexa feita por Deus. Penso isso, pois hoje olho para trás e vejo um turbilhão de transformações e uma vida intensa, amontoada de emoções e que se segue, constante. Há um ano atras, escrevia sobre anseios e medos, e concomitante à ansiedade por uma grande mudança, dizia um adeus marejado - de quem deseja a novidade com o coração apertado em se despedir. Há exatos doze meses, soltava a mão dos meus amigos, dando tchau e aprumando a vela, para seguir junto aos ventos do destino. Saí da segurança dos meus pais, marquei um ponto final e, comprometido com os meus objetivos, iniciei uma nova etapa. Enfim, o tempo passou e posso dizer que encerro amanhã meu primeiro ano em Brasília. Sei que a ausência será passageira, mas confesso que vou embora diferente. Além das minhas dezenas de roupas sujas, levo na minha bagagem as inúmeras lembranças destes últimos dez meses. Por aqui compreendi o que é começar ~e recomeçar, várias vezes~, fiz novas amizades e aprendi o real significado da palavra confiar. Mais do que a experiência de morar sozinho, ou de começar uma graduação, eu vivi Brasília. Vivi a #secaDF, andei pelas entrequadras, morri de tédio. Amei, chorei, perdoei, encontrei pessoas com gostos semelhantes aos meus, contornei diferenças. Bons tempos nunca foram tão bons, e o especial nunca fará tanta falta, mesmo num curto espaço de tempo. A despedida nem se fez e a saudade já está presente. Obrigado por fazerem parte disso e, por favor, estejam aqui na volta.