Santa Fé

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Fecho os olhos e zonzo embriagado pelo cheiro dos campos. Em meu peito pulsa o ritmo do vento minuano, que passa como quem já é de casa e não se acanha em deixar a saudade. "Noite de vento, noite dos mortos", que por um acaso talvez ainda vivam, mas escondidos pelo cansaço do tempo ou pelo desânimo de um coração abatido. 
E aqui, sentado frente ao corredor e sob essa luz baixa do acalmar do dia, concluo que as vezes a vida é tão mansa, que chega a ser triste. Mas uma tristeza boa que da até uma vontade de chorar. Como refletia o saudoso Cap. Rodrigo Cambará, 'é mui bom estar vivo'. 
Quero ir além da província, conhecer moças mui guapas doutras estâncias, pelear muitas guerras, cantar alguns versos, comer um bom churrasco. 
E mesmo que as vezes tenha a alma apertada, junto a sentimentos doloridos e olhos embaçados eu sigo. Sigo porque é mui bom estar vivo, e apenas vivo se tem um sorriso que cure o tempo.