Julho

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Disseram que paixão é turbulência e amor calmaria. Me contaram, que um é intenso e o outro brando. Mas de novo, só pra ser do contra, tenho que discordar. Carrego dentro de mim um sentimento que nasceu do vazio, e fez morada por aqui aos poucos, construindo, talvez, o amor mais paixão que se tem notícia. O tempo e o vento, de testemunhas integrais, assistiram a entrega, a despedida da estabilidade e a passagem de momentos singulares de descontrole. Olhando para trás vejo seu cheiro e enxergo sua presença, e isso me traz um aperto, porque te quero de mansinho, não de arranques. A gente apanha, sofre, abre uma ferida, e mesmo assim tem de andar. As vezes é preciso mais do que noites em claro e um choro desatado para se entender a vida. E aí é o diacho!